[com título]
o homem escondia a careca sob o chapéu e vestia garbosa gabardine. manda a leiteratura que a rua fosse esconsa. à frente o vulto de um casal, homem feio, mulher bonita, ambos de passo apressado e inútil. o revólver deu a ordem e o casal enfiou-se no beco. tiro à queima-roupa fulminou o macho. já a macha, desnuda. depois violada. para poupar balas, o careca saciado cortou-lhe a garganta com a faca que tinha roubado de manhã ao ramiro do talho. guardou a pistola, limpou a faca à manga da camisa e sentou-se junto ao contentor do lixo. antes de partir para a próxima caçada da ronda, saboreou um cigarro. passou a polícia e o careca foi preso, pois não se podia fumar ali.
um tal de joão gaspar