(Juvenilia)
Confissão
(em forma de devaneio parnasiano)
Na quietude fresca das manhãs
Que suaves reflectem o Sol
Colhi doces maças −
Peixe que ferra o anzol.
Flanei depois alucinado
Pelas áleas do pomar
Da tua ausência contristado
Imaginando-te ao luar.
O fruto está maduro −
Verde porém se revela o amor:
Discernimento de imaturo
Que se entrega sem pudor.
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(Mas no recôndito lugar
À sombra das azáleas
Em que desolado assisti
Ao firme ardor definhar
Estimei em segredo um reencontro
Pelo ar, por terra, ou pelo mar.)
pmramires